Milhares de brasileiros necessitam de atendimento no INSS, mas estão enfrentando dificuldades devido à greve dos servidores.
A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entra em nova fase crucial, com o governo federal agendando uma reunião para tentar, mais uma vez, negociar um acordo com os trabalhadores.
A expectativa é que a reunião, marcada para a próxima sexta-feira (9), possa finalmente resultar em um consenso, após quatro tentativas frustradas de acordo.
A paralisação, iniciada em 16 de julho, afeta diversas agências do país, com diferentes níveis de impacto. Enquanto algumas unidades permanecem totalmente paralisadas, outras operam com um contingente reduzido de servidores, impactando diretamente o atendimento ao público.
Ultimato do governo: data limite para acordo coloca pressão sobre as negociações
A pressão sobre as negociações aumentou consideravelmente, com o governo federal estabelecendo um ultimato: qualquer acordo sobre reajuste salarial precisa ser fechado até o dia 16 de agosto.
Essa data limite se deve à necessidade de o governo enviar o plano de orçamento para o Congresso Nacional até o dia 31 de agosto.
O plano de orçamento, documento que prevê os gastos do poder executivo para 2025, precisa incluir qualquer acordo salarial com os servidores do INSS. Caso contrário, o aumento salarial não poderá ser concedido, comprometendo as negociações.
Governo oferece proposta, mas servidores mantêm greve
Em busca de um acordo, o governo federal apresentou aos servidores uma proposta de reajuste acumulado de 28,7% em quatro anos, a partir de 2023.
A proposta inclui, ainda, a implementação do comitê gestor de carreiras previsto em lei, além da preservação do valor do vencimento básico.
Apesar da proposta, os servidores do INSS, representados por diversas entidades sindicais, como a Fenasps, CNTSS/CUT, Sindsprev/DF, Condsef/Fenadsef, SINSSP-BR e Sindisprev-RS, decidiram manter a greve. A decisão se deve à insatisfação com a proposta, que não atende às reivindicações dos trabalhadores.
Greve pode prejudicar Pente-fino
A manutenção da greve, além de comprometer o atendimento à população, pode prejudicar o trabalho de pente-fino no INSS, anunciado recentemente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O pente-fino, que visa a combater fraudes e garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário, depende da atuação dos servidores do INSS.
Com a paralisação, o governo teme que a falta de servidores para a realização do pente-fino atrase a revisão e o equilíbrio das contas públicas, impactando negativamente as finanças do país.
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Expectativas em torno da Greve; O que esperar?
A situação coloca o governo em uma posição delicada, diante da necessidade de encontrar uma solução para a greve, sem comprometer a realização do pente-fino e o equilíbrio das contas públicas.
No dia 09 de agosto, foi uma data crucial para o futuro da greve do INSS. As expectativas foram altas para a reunião, com a esperança de que, finalmente, um acordo fosse alcançado, evitando maiores impactos para os servidores, para o sistema previdenciário e para as contas públicas.
A greve, entretanto, não é um impasse apenas para os servidores, mas também para o governo federal, que teme as consequências da paralisação para o sistema previdenciário.
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