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VITÓRIA! Médico particular já pode atestar deficiência para concessão de benefícios; entenda

Antigamente, somente os médicos da vara pública tinham o poder de permitir a concessão de benefícios, mas isso mudou.

O Projeto de Lei 2016/24, atualmente em análise na Câmara dos Deputados, propõe uma importante mudança na concessão de benefícios tributários para pessoas com deficiência.

A proposta permite que médicos especialistas do setor privado possam emitir laudos que atestem a condição de deficiência de seus pacientes.

Isso representa um avanço significativo para muitos cidadãos que dependem de benefícios fiscais, como a isenção de impostos na aquisição de veículos.

O objetivo é reduzir a burocracia, facilitar o acesso e ampliar as opções para obtenção de laudos, sem que seja necessário depender exclusivamente dos serviços públicos de saúde ou de instituições credenciadas pelo SUS.

Se você precisar pedir benefícios, pode ser que a solicitação fique mais fácil. Confira.
Se você precisar pedir benefícios, pode ser que a solicitação fique mais fácil. Confira. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / auxiliosocial.com.br

Como a mudança pode ajudar na concessão de benefícios?

Atualmente, para que uma pessoa com deficiência tenha direito a benefícios tributários, como a isenção de impostos sobre a compra de veículos, é necessário que a condição de deficiência seja comprovada por laudos emitidos por serviços públicos de saúde ou instituições credenciadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O processo, além de ser muitas vezes demorado, pode sobrecarregar o sistema de saúde pública, dificultando o acesso dos requerentes aos benefícios a que têm direito.

Com a aprovação do projeto, médicos particulares, desde que especialistas em suas áreas, poderão emitir esses laudos. Isso promete agilizar o processo de concessão de benefícios, reduzindo filas e tempo de espera.

A mudança também pode beneficiar diretamente os pacientes, ampliando o número de profissionais capacitados a realizar a avaliação. O deputado Luciano Ducci (PSB-PR), autor da proposta, argumenta que a medida garante mais acessibilidade e praticidade.

Ao incluir os médicos do setor privado, as pessoas com deficiência terão mais opções para obter a documentação necessária, evitando a necessidade de aguardar a reestruturação dos serviços de perícia médica prevista pela Lei 13.846/19, que atualmente regula esse processo.

Assim, até que a nova estrutura seja implementada, a emissão de laudos por médicos particulares pode suprir a demanda crescente por esse tipo de avaliação.

Outro ponto relevante é que o projeto visa atender uma demanda reprimida, sobretudo em regiões onde o acesso aos serviços públicos de saúde é limitado.

A possibilidade de médicos particulares emitirem laudos contribui para diminuir desigualdades regionais, tornando o processo mais inclusivo e acessível para todos os cidadãos.

Com isso, o projeto visa garantir que mais pessoas possam usufruir dos benefícios previstos em lei, sem depender de uma estrutura pública que, em alguns casos, não consegue atender com a agilidade necessária.

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O projeto já foi totalmente aprovado?

Ainda em análise na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 2016/24 segue tramitando pelas comissões competentes.

O texto será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, conforme o processo legislativo padrão.

A tramitação em caráter conclusivo indica que, caso o projeto seja aprovado nessas comissões, não será necessário submetê-lo a uma votação no plenário da Câmara dos Deputados, o que pode acelerar o processo de sua aprovação final.

Entretanto, mesmo após a aprovação pelas comissões da Câmara, o projeto ainda precisa passar pelo crivo do Senado Federal antes de se tornar lei.

Somente após a aprovação em ambas as casas do Congresso é que a proposta seguirá para sanção presidencial.

A expectativa é de que o projeto seja bem recebido, uma vez que simplifica o processo de obtenção de benefícios por pessoas com deficiência, sem comprometer a segurança do processo, já que os laudos só poderão ser emitidos por médicos especialistas.

Em termos de próximos passos, a aprovação nas comissões envolvidas é fundamental para que o projeto avance e possa, de fato, beneficiar os cidadãos que aguardam por um sistema menos burocrático e mais acessível.

O processo legislativo pode demorar, mas a perspectiva de facilitar o acesso a benefícios tributários para pessoas com deficiência através de laudos emitidos por médicos particulares traz esperança para quem depende desse tipo de apoio governamental.

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