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Estou recebendo o Bolsa Família, mas arrumei um emprego: vou ser excluído(a)?

Beneficiários do Bolsa Família que conseguiram emprego precisam ficar atentos às regras. Veja o que pode acontecer com o benefício se a renda familiar aumentar.

Muitos beneficiários do Bolsa Família se perguntam o que acontece com o benefício ao conseguir um emprego formal. A dúvida sobre se a contratação pode resultar na exclusão do programa é comum, e é importante entender como o sistema funciona para evitar surpresas.

A legislação do Bolsa Família não impede que seus beneficiários trabalhem, mas a renda familiar continua sendo o principal critério de permanência no programa. A simples obtenção de um emprego não exclui automaticamente o beneficiário, porém, exige uma análise detalhada da renda gerada com o trabalho.

Tudo depende de como a nova renda afetará a média por pessoa dentro da família. Seja como for, é importante conhecer as condições que podem levar à perda ou à manutenção do benefício, especialmente se houver aumento na renda familiar. Portanto, siga a leitura.

Bolsa Família.
Trabalhar e receber o Bolsa Família é possível, mas com critérios. Saiba o que fazer para não perder o benefício ao começar um novo emprego. (Foto: Jeane de Oliveira / auxiliosocial.com.br).

Beneficiário do Bolsa Família pode trabalhar?

Sim, quem recebe o Bolsa Família pode trabalhar, seja com um emprego formal ou como Microempreendedor Individual (MEI).

O programa foi desenhado para atender às famílias com base na renda familiar per capita, não na situação de emprego. Ou seja, o fato de uma pessoa conseguir um emprego formal não é, por si só, motivo para ser excluído do benefício.

O que o governo analisa é a renda total da família. Para continuar recebendo o Bolsa Família, o valor total da renda, dividido pelo número de integrantes da família, não pode ultrapassar R$ 218 por pessoa. Se, mesmo com o novo emprego, esse limite for respeitado, o benefício continuará sendo pago.

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O que acontece se a renda familiar aumentar?

Se a renda da família aumentar devido ao novo emprego, mas ainda assim o valor não ultrapassar meio salário mínimo por pessoa, o beneficiário pode continuar recebendo o Bolsa Família por até 24 meses.

Isso acontece graças à regra de proteção, que garante que famílias que obtiveram aumento de renda possam continuar contando com o benefício por um período de transição.

Nesse caso, a família passaria a receber 50% do valor do Bolsa Família, permitindo que o impacto financeiro do novo trabalho seja menos abrupto.

Assim sendo, é importante monitorar a renda mensal para evitar surpresas e garantir que o benefício seja mantido, caso a renda per capita não ultrapasse os limites estabelecidos.

Como é calculada a renda para o Bolsa Família?

O cálculo da renda per capita é simples: somam-se os rendimentos de todos os membros da família e divide-se pelo número de pessoas que vivem na mesma residência. Para continuar no Bolsa Família, a média de renda não pode ultrapassar R$ 218 por pessoa.

Ao conseguir um emprego formal, é fundamental que o beneficiário informe sua nova renda no CadÚnico. A atualização dos dados é obrigatória e deve ser feita para garantir que o governo tenha as informações corretas sobre a família.

Não atualizar o CadÚnico pode resultar no cancelamento do benefício, mesmo que a renda ainda esteja dentro dos critérios permitidos.

O que fazer se a renda ultrapassar o limite?

Se a renda gerada pelo novo emprego ultrapassar o valor de meio salário mínimo por pessoa, a família poderá perder o benefício de forma definitiva.

No entanto, durante o período de transição de 24 meses, o governo garante o pagamento de metade do valor do Bolsa Família, caso a renda per capita esteja dentro dos limites estabelecidos.

Além disso, é possível que, em algumas situações, a família volte a se enquadrar nos critérios do programa após esse período. Por isso, é sempre importante acompanhar a evolução da renda familiar e garantir que os dados no CadÚnico estejam atualizados.

Regras e benefícios adicionais do Bolsa Família

O valor básico do Bolsa Família é de R$ 600, mas há benefícios adicionais que podem aumentar esse valor conforme a composição familiar. Entre eles, estão:

  • R$ 150 por cada criança entre 0 e 7 anos (Benefício Primeira Infância);
  • R$ 50 por crianças e adolescentes de 7 a 18 anos incompletos (Benefício Variável Familiar);
  • R$ 50 para gestantes e lactantes.

Dicas para quem conseguiu um emprego e recebe o Bolsa Família

  • Certifique-se de que todas as informações sobre a renda e a composição familiar estão corretas no sistema.
  • Acompanhe de perto como a nova renda do emprego afeta a média de renda por pessoa na família.
  • Caso sua renda aumente, mas ainda esteja dentro dos limites, você pode continuar recebendo 50% do valor por até 24 meses.

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Emilly Coelho

Sou graduanda em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Sant'Anna, com especialização em redação publicitária e jornalística. Anteriormente, estudei Letras na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com mais de 5 anos de experiência na área, atualmente trabalho como redatora freelancer e especialista em estratégia de comunicação para redes sociais.

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