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URGENTE! Rombo no INSS exige mudança drástica no BPC; E agora?

O governo federal enfrenta um desafio crescente em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), voltado para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma instituição pública brasileira responsável por gerir e administrar o Regime Geral da Previdência Social (RGPS).

Em resumo, o INSS cuida dos benefícios que o governo concede a trabalhadores e seus dependentes em diversas situações, como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença e outros.

A recente estimativa oficial revela que o rigoroso pente-fino anunciado no BPC, embora essencial, será insuficiente para conter a escalada dos gastos no programa. O aumento das despesas é uma das principais causas do crescente déficit no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), exigindo ações mais drásticas e planejadas.

A principal função do INSS é garantir a proteção social dos cidadãos brasileiros, oferecendo benefícios previdenciários e assistenciais.|Créditos:Imagem-Jeane de Oliveira – auxiliosocial.com.br

Projeções e economia

Conforme as projeções governamentais, mesmo com a economia de R$ 47,3 bilhões prevista para ser obtida com o corte de benefícios irregulares, as despesas do BPC saltarão dos atuais R$ 106,6 bilhões para alarmantes R$ 140,8 bilhões até 2028.

Essa projeção faz parte do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

O cenário se agrava ainda mais quando considerados os dois principais fatores que impulsionam esse aumento: o crescimento vegetativo no número de beneficiários e a vinculação do reajuste do BPC ao salário mínimo.

Confira os principais fatores

O primeiro fator, o aumento vegetativo, está diretamente relacionado ao envelhecimento da população e à expansão natural do número de pessoas que se enquadram nos critérios para receber o benefício. Essa realidade demográfica é imutável, e não há medidas que o governo possa tomar para impedir essa tendência.

Já o segundo fator, a vinculação do reajuste do BPC ao salário mínimo, é uma questão que o governo pode, e deve, revisar. Desde o ano passado, o salário mínimo é reajustado por uma regra que permite aumentos acima da inflação, o que, por sua vez, eleva automaticamente o valor do BPC.

Esse mecanismo, embora importante para a manutenção do poder de compra dos beneficiários, também contribui significativamente para o aumento dos custos do programa e do déficit do INSS.

Controlar seria a solução?

Uma possível solução para controlar esses gastos seria desvincular o reajuste do BPC do salário mínimo, estabelecendo um modelo de correção que preserve o poder de compra dos beneficiários sem comprometer as finanças públicas.

Uma atualização baseada exclusivamente na inflação poderia garantir o objetivo social do benefício sem pressionar ainda mais o orçamento público. Essa medida poderia resultar em uma economia anual de até R$ 20 bilhões, uma quantia significativa que ajudaria a equilibrar as contas do INSS.

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Quais as metas e planejamento?

O governo, ciente da gravidade da situação, planeja intensificar o pente-fino no BPC. A meta é revisar e cortar 670 mil benefícios irregulares por ano, o que poderia gerar uma economia progressiva de R$ 6,6 bilhões em 2025, R$ 12,8 bilhões em 2026, R$ 13,6 bilhões em 2027 e R$ 14,3 bilhões em 2028.

A estratégia envolve convocar beneficiários que não fazem parte do Cadastro Único (CadÚnico) para recadastramento, além de realizar cruzamentos de dados e revisar bianualmente as avaliações biopsicossociais de pessoas com deficiência. Essas medidas são essenciais, mas, isoladamente, não resolverão o problema estrutural.

Ações Necessárias para Garantir a Sustentabilidade do BPC

  1. Desvinculação do BPC do Salário Mínimo
    • Redução da pressão sobre o orçamento público.
    • Adoção de um modelo de correção que preserve o poder de compra.
    • Contribuição para o controle dos gastos do programa.
  2. Correção dos Benefícios Baseada na Inflação
    • Garantia da manutenção da capacidade de consumo dos beneficiários.
    • Prevenção do aumento descontrolado das despesas públicas.
    • Fomento à sustentabilidade do sistema previdenciário.
  3. Implementação Contínua de Revisões e Controle
    • Realização de pente-fino anual para identificar benefícios irregulares.
    • Revisão bianual das avaliações biopsicossociais.
    • Cruzamento de dados para garantir a precisão nas concessões.

Outras condutas importantes

Além disso, romper o ciclo intergeracional de pobreza e miséria deve ser uma prioridade para este e os próximos governos. Para alcançar essa meta, é fundamental que as contas públicas estejam em ordem.

O governo precisa agir com responsabilidade e urgência para enfrentar os desafios fiscais impostos pelo BPC. Somente com medidas concretas e sustentáveis será possível assegurar a continuidade desse benefício essencial sem comprometer a saúde financeira do país.

Assista:

Rhanna Ramalho

Natural do coração do Vale do Jequitinhonha e Graduada em Marketing. Através das notícias mais atualizadas, faço com que seu direito à informação chegue até você.

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